terça-feira, 8 de junho de 2021

O DELÍRIO OPOSTO


            Os opostos se atraem. Foi assim que eu ouvi da voz do locutor na tela da TV. Sorridente, ele proferia a afirmação citada. Pensei primeiramente na jogada comercial que este locutor estava fazendo ao anunciar a exibição de um filme naquele canal. 

        Fazendo uma inverdade parecer verdade, uma vez que, na vida humana, opostos não se atraem. E se se atraem é para digladiar, um atacar o outro.  Sim, há as exceções de fato há. Mas não há a necessidade de se averiguar que há mais conexão entre os similares do que entre os opostos.

Em várias esferas, sejam elas sociais, religiosas, cientificas, culturais, cabalísticas, etílicas, clubistas, partidárias, e diversas mais.

Não vejo uma pessoa vegetariana curtindo o ambiente de um churrasco de picanha, linguiça e frango. Nem um umbandista se confraternizando com um evangélico. Mas sim há exceções, acredito nelas, vivo permeando-as, querendo mais e mais vivencia-las. Mas não é o consenso geral. - “Não é o que rola” – diria o meu amigo hippie de plantão.

- “Vamos tocar um rock bem pesado na casa da Opera.”  Falou o doidáo sem consideração. 

Estacionou seu carro super equipado com autos falantes internos e externos em frente da casa da dona Opera e conectando o pendrive no aparelho de som, o ligou no volume máximo. Em instantes, dona Opera abriu a porta de sua casa e saiu em direção a rua, cantando em alto brado: 

- “Oh! Mama: mia! Mama mia! “

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